E se a família tivesse uma mesma Alma?

Se a família tivesse uma mesma alma, mudaria algo em sua vida?

Pode parecer estanho, mas o fato da família ter uma mesma alma, explica muitas coisas em nossas vidas, como por exemplo, porque:

Mesmo sabendo que algo me faz mal eu continuo usando?
Ainda que seja ruim para mim eu continuo fazendo sacrifícios?
Faço mais e melhor que muita gente e não consigo avançar na vida?
Nada dá certo para mim?

Enfim, poderíamos passar o dia inteiro listando aquilo que conseguimos explicar a partir da simples noção de que a família tem uma mesma Alma.

Veja a seguir, como essa teoria foi elaborada

Como surgiu a ideia de que a família tem uma mesma Alma?

Bert Hellinger foi um terapeuta alemão que desenvolveu os trabalhos com Constelações Familiares e a partir de suas observações ele fez uma grande descoberta:

Existiam forças que atuavam entre as pessoas de uma mesma família, gerando um Campo que unia todos esses familiares.

E mais, ele observou que o Campo tinha o propósito de garantir a sobrevivência e coesão daquela família, como um Instinto de Sobrevivência familiar.

Bert Hellinger chamou esse Campo de Alma da Família, e nos referimos a ele muitas vezes como:

Campo de Informação
Campo Familiar
Campo Sistêmico

O que é a Alma da Família?

Não existem estudos sobre esse tema até o momento, apenas teorias para tentar explicá-lo.

Por isso, algumas pessoas acusam a Constelação Familiar de não ser uma ciência, já que ainda não existe uma explicação científica para ele.

Mas o fato de não ter uma explicação científica não quer dizer que a coisa não exista ou não seja que não possa ser verdadeira.

Isso quer dizer apenas que a ciência ainda não estudou ou não foi capaz de explicar o fenômeno.

E como nós sabemos que a Alma da Família existe?

Simples, nós sabemos que a Alma da Família existe observando os efeitos dela em nossa vida, da mesma maneira que as pessoas faziam com um imã antes da descoberta do Magnetismo.

Elas olhavam para um pedaço de metal que atraia outros metais, e usaram isso para construir ferramentas.

Muito antes de saberem da existência do Campo Magnético.

Veja abaixo a teoria que hoje é a mais aceita para explicar o que é a Alma da Família.

Teoria dos Campos Mórficos ou Morfogenéticos

A teoria mais próxima de uma explicação razoável para os Campos de Informação é a de Rupert Sheldrake, biólogo britânico.

Em seu livro “Dogs that know when their owners are coming home” (Cães que sabem quando seu tutor estão voltando para casa), ele descreveu uma de suas experiências com cachorros e seus donos.

Cachorros que sabem quando seus donos estão voltando para casa — Cães que sabem quando seu tutor está voltando para casa

Sua intenção com esse experimento era testar se a hipótese de que os cães podiam mesmo sentir quando seus donos estavam voltando para casa.

O Experimento de Rupert Sheldrake com os cães e seus tutores:

Rupert Sheldrake fez a seguinte experiência:

1- O cão ficava sozinho em casa sendo filmado por câmeras

2- Tutor do cão ficava em hotel

3- Um pesquisador ligava para tutor do cão e avisava que ele podia voltar para casa

4- O cão era observado por câmeras e muitas vezes começava a manifestar alguns sinais como:

Latir com mais frequência
Deitar próximo à porta
Ir à porta com frequência

5- No meio do percurso o tutor do cão recebia um outro telefonema do pesquisador

5.1- O pesquisador sorteava entre duas possibilidades:

Tutor do cão continuar voltando para casa
Tutor do cão retornar para o hotel

6- Então o Pesquisador dava o comando sorteado ao tutor do cão

7- O tutor do cão seguia o novo comando recebido do pesquisador

O interessante é que na maioria das vezes em que o tutor do cão continuava a voltar para casa:

Comportamento de espera do cão se intensificava

Agora, se o tutor do cão retornava para o Hotel:

Comportamento de espera do cão reduzia ou cessava

Então, depois de fazer esse experimento surgiu uma grande pergunta.

Veja abaixo para saber qual foi.

A grande pergunta após o experimento de Rupert Sheldrake

A grande pergunta é:

– O que une os cães a seus tutores? De que forma eles estão conectados?

Uma das hipóteses aventadas por Rupert Sheldrake é que os cães e seus tutores pertenciam a um mesmo Campo, e que os cães tinham sensibilidade para perceber pequenas mudanças nele.

Então, se existe algo que une os cães a seus tutores, será que não existe também algo que une as pessoas de uma mesma família?

Continue a leitura para saber mais

A Família tem uma mesma Alma

A Alma da Família atua como um Campo, porque as pessoas que pertencem à mesma família podem influenciar as outras mesmo à distância.

Por exemplo, no caso de:

Mães que começam a lactar pouco antes do bebê chorar com fome, ou de
Gêmeos que mesmo vivendo separados desde o nascimento fizeram escolhas de vida muito parecidas

Bert Hellinger observou que as pessoas que fazem parte da mesma Alma da Família, influenciam os outros além do tempo e do espaço.

Quando acontece uma grande perda na família, e afeta um ou mais familiares, essa dor pode deixar uma marca que persiste na Alma da Família como uma ferida que fica aberta.

Como o elo entre as pessoas que pertencem a uma mesma Alma da Família é forte, essa ferida é sentida por todos, mesmo que tenha acontecido há muito tempo atrás.

Por isso a Alma da Família é considerada uma espécie de Campo de Informação.

O que significa Campo de Informação

Um Campo de Informação significa que todos dentro do Campo têm acesso à Informações presentes nele, e no caso da Alma da Família isso significa que todos os familiares sabem:

quais feridas estão abertas na história dessa família
como cada pessoa de sua família está lidando com essa ferida

Lembre-se que o que mantém a ferida aberta na Alma da Família em geral é um grande sofrimento, por isso as pessoas que olham para essa dor, e especialmente aquelas que tentam curá-la, acabam presas em um Emaranhamento.

Nós chamamos essas feridas abertas de Traumas Ancestrais, e quando assumimos ocompromisso de tentar curar esse Trauma, sofremos as consequências de algo que aconteceu no passado de nossa família.

Não por sermos vítimas do Trauma Ancestral, mas por tentarmos curá-lo e fazermos disso nossa missão de vida.

Para saber mais sobre isso, leia o artigo abaixo:

O Risco de nossas promessas enquanto crianças